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    ISBN
    978-989-98073-2-7

    Edição
    CIAMH, FAUP

    Ano
    2013

    Número de páginas
    120

    Dimensão
    14,5x22cm

    — 03 MANUEL CORREIA FERNANDES

    “Trata-se de uma colecção de entrevistas feitas pelo arquitecto Nuno Lacerda Lopes. São conversas entre arquitectos da Escola do Porto onde se procura compreender o processo de construção de um ideal de arquitectura, de profissão, de sociedade e de escola, tendo por base uma reflexão pessoal e aberta e até esclarecer as inquietações teóricas e práticas bem como as circunstâncias que fundamentam a arquitectura portuguesa dos dias de hoje.”

     

    Excerto

    “Antes de mais boa tarde, arquitecto Manuel Correia Fernandes, um dos mais conceituados arquitectos portugueses, com experiência notável no domínio da habitação plurifamiliar, apesar de ter também realizado inúmeras obras e diversos equipamentos muito importantes da actualidade. Mas é sobretudo de habitação que hoje gostaria de falar contigo. Começava então por perguntar qual foi a tua formação e quais foram as tuas grandes influências?

    Boa tarde. Muito obrigado por esta mini, mas muito estimulante apresentação. A minha formação, enquanto arquitecto claro, é a que se faz no âmbito daquilo que era a Escola de Belas Artes. Era um local de cultura, que tem a ver com esse mundo que são as Belas Artes, que eu reivindico neste momento, mais do que, se calhar, reivindicava há dez ou quinze anos. Isto porque entendo que a arquitectura é qualquer coisa que está mais próxima da arte e da criação do que propriamente da ciência e da exactidão, que, se calhar, a mudança para a universidade veio colocar como tema de discussão, mas também não temos discutido.

    A minha formação, no âmbito das Belas Artes, tem a ver com uma amplidão de questões muito abrangentes, com os colegas de pintura e escultura, e tem a ver com um período de tempo muito importante: o dos primeiros anos da reforma de 57. Portanto, provavelmente o auge da participação ou da presença do Arquitecto Carlos Ramos na Escola de Belas Artes como director e os professores que ele trouxe consigo e me marcaram de forma muito decisiva.

    Eu queria nomear o Arnaldo Araújo em primeiro lugar, queria referir o próprio Carlos Ramos, e não queria referir mais ninguém dessa época para não ferir susceptibilidades, embora sejam importantes todos os outros. Porquê estes? Porque me ligaram a um mundo que veio a ser o meu mundo de referência e que é primeiro o mundo da realidade, da experiência vivida in loco, nos vários sítios, seja nos bairros pobres da cidade, seja nas aldeias onde o Arnaldo Araújo trabalhou, onde fez a sua tese, em Rio de Onor. Eu sou originário de Trás-os-Montes, e isso…”