Partindo da lógica local de oposição e de contrastes, recupera-se a fachada do edifício anexo voltada para a Rua da Ribeira Nova, que receberá agora os espaços destinados a café/restaurante, sala polivalente e átrio de distribuição.
Sobre esta “base”, de caráter pesado, maciço e de Passado “preenchido”, surge um novo volume, de vidro, leve e espelhado, de carácter imaterial, que reflete Lisboa, o Presente e o Futuro e assume o ideal de oposições presente no projeto. Este volume, que acolherá as salas de formação, é um “corpo”, claro, fluído e cristalino, que “ora se vê, ora se evapora”, e consubstancia também uma referência ao elemento água que está na origem da memória coletiva daquele lugar e dos Banhos de São Paulo.
Na cobertura deste volume, projeta-se um amplo espaço de estar, um miradouro voltado para o Jardim Dom Luís e para o Rio Tejo, explorando as vistas privilegiadas deste local e, de certo modo, abrindo a Ordem dos Arquitetos ao público, de uma forma democrática e clara, possibilitando a fruição deste espaço ao transeunte, ao turista, ao cidadão.
Por último, “flutuando” sobre o “corpo de vidro”, quase em desequilíbrio, apresenta-se um novo volume, denominado de “Black Box”. Este elemento permite, urbanisticamente, rematar o gaveto e atribuir-lhe a escala e proporção adequadas. Porém, assume-se como parte essencial da solução: trata-se de um espaço em aberto e inacabado, uma “Black Box”, um espaço único, destinado à sempre nova e disruptiva utilização por parte dos arquitetos membros da OA, seja para a realização instalações, exposição de peças de arte, ou até para a promoção de ações de divulgação de caráter arquitetónico e urbanísticos aos visitantes do terraço panorâmico.
Location
Lisbon
Project
2020
Architecture’s Coordination
Nuno Lacerda Lopes
3D Simulations
CNLL
Model
CNLL