Esta casa localiza-se na freguesia de Paramos em Espinho, num lote comprido e estreito, de forma irregular.
A solução encontrada, apresenta a casa como um jogo volumétrico. A casa, compõe-se de dois blocos distintos, separados por uma abertura de luz contínua na cobertura que os marca e define. Abertura esta, transposta para o desenho dos alçados exteriores, acentuando a ideia de corte, e definindo um percurso interior de atravessamento e distribuição, num jogo entre superfícies opacas e superfícies envidraçadas, ajustando o conteúdo programático numa composição volumétrica cuidada. Momentos referenciadores são a caixa do elevador, que se assume como um elemento de composição vertical, e a marcação da entrada principal, que recua no encontro das duas fachadas.
O programa distribui-se por dois pisos e uma cave, sendo o piso térreo destinado a áreas sociais, vendo o seu prolongamento para o exterior através de grandes envidraçados. No piso superior localizam-se os quartos e outras áreas privativas. Aqui são privilegiados os grandes envidraçados e varandas, permitindo o contacto com o exterior e enquadrar-nos com a perspetiva do mundo que nos circunda. A cave é ocupada por áreas técnicas e de apoio.
As áreas interiores são generosas e a sua clara funcionalidade sugere e incentiva os novos modos de habitar, onde a versatilidade é a palavra de ordem.
O conjunto acabado a reboco pintado e vidro, adquire uma linguagem cénica quase de escultura, de volumes e de linhas depuradas.
Location
Paramos, Espinho
Project
2003_2012
Architecture’s Coordination
Nuno Lacerda Lopes
Architecture Colaborations
CNLL | Natália Rocha, Augusto Rachão, Ângelo Monteiro
Engeneering
CNLL | Ana Maria Viana, Maria João Venâncio
Gross Building Area
783,00 m2
3D Simulations
CNLL
Model
CNLL
Photography
Nelson Garrido