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    ISBN
    978-989-98808-7-0

    Edição
    CIAMH, FAUP

    Ano
    2018

    Número de páginas
    120

    Dimensão
    14,5x22cm

    — 09 FRANCISCO BARATA

    “Trata-se de uma colecção de entrevistas feitas pelo arquitecto Nuno Lacerda Lopes. São conversas entre arquitectos da Escola do Porto onde se procura compreender o processo de construção de um ideal de arquitectura, de profissão, de sociedade e de escola, tendo por base uma reflexão pessoal e aberta e até esclarecer as inquietações teóricas e práticas bem como as circunstâncias que fundamentam a arquitectura portuguesa dos dias de hoje.”

     

    Excerto

    Bom dia Francisco Barata, arquitecto e professor com uma larga experiência nas várias áreas da arquitectura, do ensino e do projecto. Francisco Barata, foi meu professor no segundo ano do meu curso nesta escola, então Escola das Belas Artes do Porto, a ESBAP. Tem uma obra muito particular e bastante interessante, destacando a colaboração com outros arquitectos. Foi capaz de construir uma obra muito diversificada, não só em termos de habitação colectiva, mas também com exemplos notáveis ao nível da recuperação e reabilitação de edifícios, desenho e intervenção na cidade, e no estudo e desenvolvimento de trabalhos de investigação. Em 1985, em Itália, desenvolveu um trabalho de investigação sobre os centros históricos das cidades contemporâneas e, no Porto, apresentou a tese “Transformação e permanência na habitação portuense – as formas da casa naforma da cidade“ em 1996.

    Nesta conversa, que desde já agradeço, gostaria de abordar, essencialmente, a tua experiência enquanto arquitecto ligado à habitação colectiva, mas também o estudo e a investigação que realizaste e tens vindo a desenvolver sobre este tema. De um modo mais específico, gostaria de abordar e debater o projecto do bloco de habitação de Massarelos que projetaste com o Manuel Fernandes de Sá.

    Começava por te perguntar qual foi a tua formação? Quando acabaste o curso? Como é que foi o período de adaptação à profissão? E, nesse voltar atrás, como foi o teu tempo de formação e o início da actividade profissional?

    Já lá vão muitos anos. Eu já estava a trabalhar no atelier do arquitecto Távora desde metade do curso. Salvo erro, no terceiro ano fui trabalhar para o atelier do arquitecto Távora que teve um papel muito importante na minha formação, no modo de encarar o projecto, no modo de encarar a própria actividade de arquitecto.

    A formação na escola foi muito particular. O período que lá vivi, de 69/70 até 75, foi um período de sucessivas experiências pedagógicas, muito ricas sobre muitos aspectos da aprendizagem, mas com grandes lacunas noutros aspectos, por exemplo, ao nível do desenho. Ainda noutro dia estava a pensar que os arquitectos da minha geração, são aqueles que nunca tiveram Desenho nos primeiros dois anos; nem tiveram, por outro lado, o desenho convencional que se ensinava na escola com base em desenho de estátua. Eu diria mesmo que fizemos um curso sem disciplina de Desenho. Portanto, todo o desenho que se produziu foi sempre em projecto. Como até o próprio desenvolvimento do projecto era experimental em termos pedagógicos, também nós, ao longo dos seis anos do curso, tivemos um processo de projecto muito pouco normal em relação ao que se veio a desenvolver mais tarde, logo no ano a seguir ao meu.”