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    ISBN
    9789899748071

    Edição
    Transnética

    Ano
    2012

    Número de páginas
    292

    Dimensão
    25x30cm

    — LEARNING – DO PROJETO À CONSTRUÇÃO

    Mais do que um conjunto de projetos ou obras construídas, este livro procura descrever toda uma visão acerca de um modo de pensar, projetar e construir um ideal de escola ou de espaço de aprendizagem, que ao longo de quase duas décadas fomos desenvolvendo em vários projetos de diferentes escalas e, sobretudo, com diferentes programas e exigências.

    O critério de seleção decorre de uma narrativa mais ligada ao entendimento em que a dado momento fazíamos do espaço escolar do que propriamente do sentido formal, plástico ou se quisermos tipológico e estilístico das obras apresentadas.

     

    Excerto

    “A ESCOLA COMO CASA

    ALGUMAS NOÇÕES SOBRE UMA CERTA IDEIA DO HABITAR

    (…) Habitar é fenómeno global e deste modo algo exterior ou “urbanizado”, pelo que o seu estudo implica uma sucessão de interações do domínio universal, público, privado e íntimo que o habitar promove como mescla de ações comparticipadas com os outros habitantes, num sentido de contaminação e longe de um idílico habitar metafísico e teórico do Ser no mundo que a mítica cabana de Adão simboliza neste paraíso perdido mas sucessivamente reconstruído.

    Por isso, poderemos aceitar a ideia de que habitamos, hoje nos locais de trabalho, na via pública, nas escolas, nas igrejas e nos estádios de futebol, nos parques de estacionamento e nas infindáveis “filas” de autoestrada, nos parques temáticos e nos hotéis, na Internet e na casa virtual, no cinema e na televisão, e, portanto, o enfoque temático desta problemática vê-se deslocado para a problemática do quotidiano, do relacional e da novidade como fator para a compreensão ou “construção” do conceito de habitar, na presença do homem e sem a sua “habitação”, ou seja, sem os arquétipos modernos de uma habitação para todos construída com base num sistema ou lógica técnico-financeira dos empresários de construção civil nas metrópoles reprodutoras de um ideal de habitar para um ideal de família nuclear, cada vez mais distante. (…)”